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A História do Serviço Social: Origem, Evolução e o Movimento de Reconceituação


A História do Serviço Social: Origem, Evolução e o Movimento de Reconceituação

O Serviço Social é uma profissão que carrega uma trajetória marcada por lutas sociais, transformações políticas e mudanças de paradigmas. Compreender a história do Serviço Social é fundamental para quem atua na área ou se interessa pelas questões sociais, pois permite enxergar como as práticas profissionais se moldaram ao longo do tempo e continuam evoluindo.

Neste artigo, você vai entender a origem do Serviço Social, sua evolução no Brasil e no mundo, e a importância do movimento de reconceituação para o fortalecimento da profissão.

Origem do Serviço Social

O Serviço Social surgiu no início do século XX, em meio a um contexto de intensas transformações sociais provocadas pela Revolução Industrial. A urbanização acelerada, o crescimento das desigualdades e a precarização das condições de vida dos trabalhadores exigiram novas formas de intervenção social.

O Serviço Social surgiu no final do século XIX, em um contexto de intensas transformações sociais provocadas pela Revolução Industrial. A urbanização acelerada, a exploração dos trabalhadores e a pobreza extrema demandavam ações organizadas para amenizar os conflitos sociais.

Na Europa e nos Estados Unidos, as primeiras iniciativas de assistência social eram vinculadas à caridade religiosa e à filantropia. Organizações como as Sociedades de Organização da Caridade (COS), na Inglaterra, buscavam sistematizar a ajuda aos mais pobres.

O Serviço Social como profissão

A profissionalização do Serviço Social aconteceu a partir das décadas de 1920 e 1930, com a criação das primeiras escolas de Serviço Social na Europa e nas Américas. No Brasil, a primeira escola foi fundada em 1936, no Rio de Janeiro, sob forte influência do pensamento católico-conservador da época.

Evolução histórica do Serviço Social no Brasil

A história do Serviço Social brasileiro pode ser dividida em três grandes fases:

1. Fase Tradicional (1930–1960)

Nessa fase, o Serviço Social era fortemente vinculado à doutrina cristã e voltado para ações moralizantes. O assistente social era visto como um "mediador" entre o indivíduo e as normas sociais, com foco em adaptar o sujeito à sociedade.

2. Movimento de Reconceituação (década de 1960 em diante)

O movimento de reconceituação marcou uma profunda transformação na profissão. Influenciado por correntes críticas do pensamento social latino-americano, especialmente o marxismo, os profissionais começaram a repensar o papel do Serviço Social na sociedade.

A reconceituação propôs romper com a prática assistencialista e conservadora, defendendo uma atuação crítica, comprometida com os direitos sociais e com a transformação da realidade. A profissão passou a se orientar pelo entendimento das questões sociais como expressão das contradições do sistema capitalista.

Palavras-chave importantes como "prática crítica", "emancipação social" e "compromisso ético-político" passam a guiar o novo projeto profissional.

3. Consolidação do projeto ético-político (anos 1980 até hoje)

A partir da década de 1980, o Serviço Social no Brasil consolida seu projeto ético-político, com base na democracia, justiça social, defesa dos direitos humanos e da cidadania. Esse projeto se fortaleceu com a Constituição de 1988 e as políticas públicas voltadas para o combate às desigualdades.



Importância do Movimento de Reconceituação

O movimento de reconceituação foi essencial para reposicionar o Serviço Social como uma profissão comprometida com as lutas sociais. Ele contribuiu para:

  • Superar a visão assistencialista;

  • Desenvolver uma prática profissional com base teórica sólida;

  • Ampliar o campo de atuação para além da caridade, promovendo direitos;

  • Dar protagonismo aos usuários das políticas públicas;

  • Inserir o Serviço Social no debate sobre democracia e cidadania.

Hoje, os assistentes sociais atuam em diversas áreas como saúde, educação, previdência, habitação e justiça, sempre com foco na garantia de direitos e na transformação social.

Conclusão

A história do Serviço Social é marcada por um constante processo de transformação e amadurecimento. Do modelo filantrópico ao projeto ético-político, a profissão se fortaleceu como uma ferramenta essencial para a promoção da justiça social no Brasil e no mundo.

Entender esse percurso é fundamental para valorizar a atuação dos assistentes sociais e o impacto que suas ações têm na vida de milhões de pessoas. E o movimento de reconceituação segue sendo um marco incontornável para quem deseja compreender e praticar um Serviço Social crítico e emancipador.

História do Serviço Social, movimento de reconceituação, Serviço Social no Brasil, prática crítica, projeto ético-político, assistente social, atuação profissional, políticas públicas.

 
 
 

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