O Papel do Assistente Social nas Medidas Socioeducativas
- Danielle Vidal de Aguiar
- 15 de set.
- 2 min de leitura

O Papel do Assistente Social nas Medidas Socioeducativas
As medidas socioeducativas são instrumentos previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para responsabilizar adolescentes que cometeram atos infracionais, sempre respeitando seus direitos fundamentais e priorizando a sua ressocialização e reintegração social.
Nesse processo, o assistente social tem um papel essencial, atuando de forma interdisciplinar junto a outros profissionais (psicólogos, pedagogos, educadores sociais, entre outros).
Quais são as medidas socioeducativas?
Segundo o ECA (Lei nº 8.069/1990), as medidas socioeducativas podem ser:
Advertência;
Obrigação de reparar o dano;
Prestação de serviços à comunidade;
Liberdade assistida;
Inserção em regime de semiliberdade;
Internação .
Cada medida deve considerar a gravidade do ato, a idade do adolescente e as possibilidades de responsabilização sem exclusão social.
A atuação do assistente social nas medidas socioeducativas
O trabalho do assistente social nas medidas socioeducativas envolve:
Acolhimento e escuta qualificada – compreender a realidade de vida do adolescente e de sua família, considerando o contexto de vulnerabilidades sociais.
Elaboração de relatórios e pareceres sociais – documentos técnicos que subsidiam as decisões judiciais e orientam a aplicação e o acompanhamento das medidas.
Articulação em rede – o profissional conecta o adolescente e sua família a políticas públicas de educação, saúde, assistência social, cultura e trabalho.
Fortalecimento de vínculos familiares e comunitários – o assistente social atua para evitar rupturas e estimular a reinserção social.
Defesa de direitos – garante que, mesmo em cumprimento de medida, o adolescente tenha acesso a direitos fundamentais, combatendo práticas punitivas e ilegais.
Importância do trabalho crítico
O assistente social deve atuar com olhar crítico e ético-político, entendendo que muitos adolescentes em conflito com a lei são também vítimas de desigualdade, racismo estrutural, pobreza e falta de acesso a políticas públicas. Por isso, a intervenção não pode se limitar ao cumprimento burocrático da medida, mas precisa buscar a transformação social e a efetiva cidadania desses jovens.
Conclusão
As medidas socioeducativas não são apenas punições, mas oportunidades de recomeço. E o assistente social é peça-chave nesse processo, garantindo que a legislação seja cumprida de forma justa, com respeito à dignidade e aos direitos humanos dos adolescentes.





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